segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Itinerário - Caminho Velho - 12 dias



1º Dia

Ouro Preto / Glaura

Não é por acaso que por Ouro Preto passam os três caminhos que formam a Estrada Real. Durante o ciclo do ouro do Brasil colonial, a cidade era o mais importante centro econômico e político país. Hoje, construções da época, como as dezenas de igrejas, são atrativos para os turistas, que contam também com a agitada cena cultural ouro-pretana e com um refúgio frente à Mata Atlântica preservada do Parque Estadual do Itacolomi.   No eixo principal da Estrada Real, o trecho entre Ouro Preto e São Bartolomeu tem como maior atrativo uma trilha de cerca de 15 km. O destaque histórico está no marco 595, onde está um chafariz de 1792 em bom estado de conservação. Esse caminho era a antiga trilha usada por governantes dos séculos XVIII e XIX para chegar a ?casa de campo?, em Cachoeira do Campo, hoje distrito de Ouro Preto.   A trilha é estreita e de difícil acesso para quem pedala com muito peso. Em alguns trechos, é necessário carregar a bicicleta. Depois do marco 599, quando são atravessadas fazendas, o caminho é coberto pela vegetação, sendo alguns trechos com vegetação alta.   A primeira parte deste trecho termina no distrito de São Bartolomeu, uma das localidades mais antigas da região do ouro. Como atrativo, há o rio das Velhas, que atravessa o centro histórico, a Igreja Matriz de São Bartolomeu, a paisagem natural e os famosos doces de goiaba.   Continuando o trecho da Estrada Real até o distrito de Glaura, o viajante tem outra trilha pela frente no marco 629. Mas dessa vez são apenas 3 km de trilhas de fácil acesso, com destaque para a bela paisagem natural.   O trecho termina em Glaura, um dos mais antigos distritos da região do ouro. Fundada no século XVIII, no auge da exploração do ouro, servia como refúgio para os grandes senhores que tinham o antigo arraial como ponto médio entre Vila Rica (antigo nome de Ouro Preto) e São João Del-Rei. Como atrativo, o distrito oferece o charme da vida bucólica de um pequeno povoado, a Igreja Matriz de 1764, a paisagem colonial e as cachoeiras da região da Serra de Ouro Branco. O distrito de Glaura possui infraestrutura turística.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 28 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 11 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 12 KM
INC. Média das subidas: 7 %

Altimetria

Mapa



Glaura / Santo Antônio do Leite

O trecho de Glaura a Cachoeira do Campo é feito todo por asfalto. Mesmo sendo um caminho de pouco trânsito de veículos, é necessário ter atenção. Ao todo, são 7 km.   A primeira parte do trecho chega a Cachoeira do Campo. O distrito é um antigo centro de abastecimento de alimentos para a região de mineração de ouro e para a fabricação de acessórios para as montarias utilizadas pelos tropeiros. A Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, do século XVIII, com altar folheado a ouro é o grande atrativo do local. O tradicional artesanato em pedra sabão, que pode ser encontrado em quase todas as ruas, é outra atração.   De Cachoeira do Campo a Santo Antonio do Leite, os 6 km iniciais são percorridos no asfalto. A partir do marco 648, aparecem os paralelepípedos.   Destino final do trecho, o distrito de Santo Antonio do Leite, datado do século XVIII, era considerado um povoado integrante de Cachoeira do Campo. Como atrativo, há a Igreja Matriz e o famoso pastelzinho feito ao seu lado, e uma feira de artesanato de prata.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 15 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 6 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 7 KM
INC. Média das subidas: 2 %



Santo Antônio do Leite / Miguel Burnier

Ao todo são 37 km feitos em estrada de terra em ótimo estado. A atenção deve ser redobrada a partir do marco 689, devido ao intenso tráfego de caminhões.   O trecho de Santo Antônio do Leite a Miguel Burnier destaca-se pela bela paisagem, com a Mata Atlântica fechada e um rio que acompanha o viajante por boa parte do percurso. No marco 692 está o distrito de Miguel Burnier, criado a partir da instalação de fazendas mineradoras de ouro, no século XVIII.  


Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 22 KM

2º Dia

Miguel Burnier / Lobo Leite

Depois de Miguel Burnier a paisagem passa é mais aberta, com vegetação de Campos e de transição para o Cerrado. O grande lago construído pela Gerdau Açominas acompanha o viajante por quase todo o percurso.   O trecho termina no distrito de Lobo Leite, fundado no século XVIII em decorrência das atividades de exploração do ouro. O povoado tem como atrativo a Igreja Matriz, datada de 1756.

Lobo Leite / Congonhas

O trecho entre Lobo Leite a Congonhas é todo feito em estrada de terra com pouco trânsito de veículos e em bom estado de conservação. Conta com bela paisagem de montanhas.   O trecho termina na cidade de Congonhas, que nasceu e desenvolveu durante o Ciclo do Ouro do Brasil colonial. No seu centro histórico está a Basílica.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 1
Dificuldade TÉCNICA: Nível 2
DISTÂNCIA TOTAL: 7 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 3 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 4 KM
INC. Média das subidas: 7 %





Congonhas / Pequeri

O trecho começa em Congonhas, cidade que conta com um verdadeiro ?acervo a céu aberto? da arte de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Todo o conjunto da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.   Entre Congonhas e Pequeri, predomina estrada larga e plana. A maior parte do trecho encontra-se em excelente estado de conservação e tem pouco movimento de carros. Alguns trechos são de matas fechadas. O viajante pode apreciar ao seu lado direito a belíssima Serra do Gambá, de 1.274 m de altitude.   Chegando ao distrito de Alto Maranhão, é possível ver ruínas de uma antiga cadeia pública. Depois de mais 6 km, está o distrito de Pequeri.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 2
DISTÂNCIA TOTAL: 13 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 5 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 6 KM
INC. Média das subidas: 2 %



Pequeri / São Brás do Suaçuí

Este trecho começa dentro de uma fazenda de livre acesso. Na primeira parte, o percurso é feito em uma trilha de 2 km. Depois do marco 747, o caminho é por um pasto, com difícil acesso para carros comuns, principalmente em épocas de chuva.   O trecho termina em São Brás do Suacuí, onde o viajante encontra construções do século XVIII, época da criação do povoado que originou a atual cidade. Uma curiosidade é a cachoeira em forma de escorregador que fica na Pedreira Oswaldo Marque Gontijo. É um convite para o banho em água corrente.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 1
Dificuldade TÉCNICA: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 9 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 3 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 5 KM
INC. Média das subidas: 5 %




São Brás do Suaçuí / Entre Rios de Minas

O trecho é feito por asfalto até a empresa MRS. Depois dela, a estrada é de terra batida, com grande fluxo de carros da mineradora. A partir do marco 768 o percurso muda completamente e passa a ter descidas longas, mas fáceis, com muito cascalho. No marco 768, é necessário atenção para quem estiver de carro, porque corre-se o risco de atolar no terreno úmido (próximo a um curso d?água).   O percurso é composto por algumas antigas fazendas coloniais e muitas plantações de milho.   Na maior parte do percurso, a estrada está em bom estado de conservação, com muitos mata-burros, alguns até servindo de ponte. Ao longo do trecho, o viajante pode observar a paisagem da Serra do Gambá.   O percurso termina em Entre Rios de Minas. Em torno da capela de Nossa Senhora das Brotas, construída nos primeiros anos de ocupação da localidade, surgiu Brumado do Suaçuí, localizado nas terras limitadas pelos rios Camapuã e Brumado, que deu origem a cidade de Entre Rios de Minas, em 1843.   Em Entre Rios de Minas, aconselhamos a ajuda de um guia local para conhecer as ruínas da Pedra do Gambá. Datada do sec. XVIII, está localizada no povoado de São José das Mercês, que fica a cerca de 12 km da sede do município.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 4
DISTÂNCIA TOTAL: 20 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 9 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 9 KM
INC. Média das subidas: 5 %


3º Dia

Entre Rios de Minas / Casa Grande

A estrada do trecho é de fácil acesso, com poucas subidas e descidas íngremes. É quase toda em terra e com pouco cascalho.   O percurso é marcado pela bela paisagem da Serra de Camapuã. No trajeto estão várias fazendas, mata-burros, plantações de milho e pequenas igrejas. Destaque entre elas é a capela de Nossa Senhora da Lapa de Olhos d´agua, cuja construção foi iniciada, provavelmente, no ano de 1683.   Neste trecho existem dois pequenos vilarejos, Camapuã e Catauá, que podem ser pontos de apoio aos viajantes.   O trecho termina na cidade de Casa Grande. Uma casa construída para abrigar as famílias dos bandeirantes que vieram para a região em busca de ouro dá origem ao nome da localidade.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 31 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 15 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 14 KM
INC. Média das subidas: 4 % 

 

Casa Grande / Lagoa Dourada

O trecho feito quase todo em estrada de terra, com exceção entre os marcos 866 a 874 (total 2 Km), onde está um trilha estreita, que não passa carro. É composto por subidas e descidas leves.   O final é em Lagoa Dourada, cidade conhecida nacionalmente como a terra do rocambole. Seu nome tem origem na descoberta do ouro em uma lagoa, por bandeirantes no século XVII. 

INFORMAÇÕES DE TRECHO
Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 28 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 12 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 14 KM
INC. Média das subidas: 10 %
 



4º Dia

Lagoa Dourada / Prados

Para viajar pelo eixo principal, ao sair de Lagoa Dourada, deve-se entrar à esquerda e ir seguir os marcos da Estrada Real. Nesse trecho, a estrada é boa e de fácil acesso, com cascalhos e alguns mata-burros. Entre os marcos 875 a 887 (total 5 Km), existe uma trilha com descidas muito íngremes. Por ser trilha não tem como seguir pela ER de carro, assim, carro seguir as orientações que estão nas planilhas.   Durante o trajeto o viajante tem a companhia de belas paisagens de serras, de onde avistam-se antigas fazendas e construções, como a Fazendo da Engenho, datada do século XVIII, com sua senzala. O local foi visitado pelo imperador D. Pedro algumas vezes.   O trecho termina na cidade de Prados, referência na Estrada Real em artesanato e artefatos em couros. Vale à pena conferir os inúmeros ateliês.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 21 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 9 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 9 KM
INC. Média das subidas: 5 %





Prados / Tiradentes

O trecho todo é considerado de fácil acesso, de pouco movimento, plana em sua maior partes e com poucos mata-burros. A paisagem é marcada pela presença da Serra de São José, que pode ser avistada durante boa parte do trajeto.   O trecho passa por Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho, um charmoso vilarejo com inúmeros ateliês de artistas e lojas de artesanatos. De lá até Tiradentes a estrada é de calçamento, com poucas subidas.   O final do trecho é nas ruas de pedras de Tiradentes. A cidade preserva antigos casarões, com grande infraestrutura de atendimento ao turista. Restaurantes que aliam a tradicional culinária mineira com requintadas receitas internacionais, ateliês e lojas de artesanato dão o tom do lugar.   Em Tiradentes, o viajante não pode deixar de conhecer igrejas como a de Santa Antônio, construída entre 1710 e 1750, que ocupa um dos lugares no pódio das igrejas brasileiras com maior quantidade de ouro na ornamentação.

INFORMAÇÕES DE TRECHO
Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 18 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 7 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 9 KM
INC. Média das subidas: 3 %



Tiradentes / São João Del Rei

Trecho todo plano e de calçamento até o km 6. A partir da cidade de Santa Cruz de Minas, segue-se por asfalto até São João Del-Rei.   A Serra de São José acompanha o viajante durante todo o trajeto, formando uma bela paisagem. O trecho abriga o primeiro totem instalado da Estrada Real (km 4,28), um atrativo a mais para o turista. Perto dele é possível ver uma bela cachoeira.   O trecho termina em São João Del-Rei, importante ponto de troca de mercadorias até o século XIX. Mesmo sendo uma cidade de médio porte, preserva o centro histórico, onde é possível ver diversas faces da arquitetura brasileira - do barroco colonial do século XVIII, com suas belas igrejas, ao eclético do século XIX, com seus elegantes sobrados.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 1
Dificuldade TÉCNICA: Nível 1
DISTÂNCIA TOTAL: 11 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 5 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 4 KM
INC. Média das subidas: 2 %





5º Dia

São João Del Rei / São Sebastião da Vitória

Os primeiros 10,5 km deste trecho não possibilitam a passagem de carro. Para quem estiver motorizado, portanto, a dica é começar pelo povoado do Rio das Mortes. Daí até São Sebastião da Vitória é possível passar com veículos.   O trecho inicial de trilha não apresenta dificuldades. É aberto e com caminho bem demarcado. A exceção é depois do marco 942, que confunde o viajante pela falta de um marco da Estrada Real. Fique atento!   Até São Sebastião da Vitória, o trecho passa a ser em estrada de terra em bom estado de conservação. Há, no marco 969 a travessia de um rio, onde existe risco de atolamento. É necessário ficar atento.   O trecho termina no distrito de São Sebastião da Vitória.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 26 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 10 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 12 KM
INC. Média das subidas: 4 %




São Sebastião da Vitória / Caquende

Trecho em ótimas condições de terra batida, maior parte plana, com poucas subidas e descidas leves. O viajante trafega com a companhia de paisagens de montanha, com muitas plantações de milho, café e eucaliptos.   Atenção nesse trecho com os mata-burros na vertical, principalmente para os cicloturistas.   O trecho termina no povoado de Caquende. Nele, o viajante que quiser seguir a Estrada Real deve dirigir-se pela rua principal, em direção a represa, onde é necessário atravessar de balsa. O seu funcionamento é de 7h às 12h e de 14h às 17:45h. De lá, chega-se a Capela do Saco. É recomendável informar-se no telefone (35) 3327-1081 , pois ela eventualmente pode estar inoperante.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 4
DISTÂNCIA TOTAL: 23 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 11 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 10 KM
INC. Média das subidas: 2 %



Capela do Saco / Carrancas

A maior parte deste trecho é de estrada em boas condições de conservação. A companhia para o viajante é da belíssima Serra de Carrancas circundada por quatro outras serras. O desenho final é em forma de ferradura. A vegetação é típica de Cerrado e de Mata Atlântica, onde vê-se candeias, óleo copaíbas, ipês amarelos, corticeiras e jequitibás.   A partir do marco 1023, a estrada está muito ruim, com fortes subidas em pedras de calcário com cascalho solto.   Atenção nesse trecho com os mata-burros na vertical, principalmente para os cicloturistas.   O ponto final do trecho é em Carrancas. Diz a lenda que as catas, formadas pelas escavações em busca de pedras preciosas, vistas de longe pareciam caras feias. Daí, o nome da cidade. O município tem sido cada vez mais procurado por praticantes de ecoturismo por causa de suas cachoeiras e serras.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 29 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 11 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 15 KM
INC. Média das subidas: 4 %




6º Dia

Carrancas / Traituba

Quase todo o percurso está em ótimas condições de acesso, com estradas largas e alguns trechos com matas, agradável de ser percorrido. O viajante pode observar, durante a maior parte do tempo, a exuberante vista da serra de Carrancas. Na segunda metade, também é possível ver a serra de Traituba.   Durante o percurso passa por um pequeno vilarejo chamado Vista Alegre, que podem ser pontos de apoio aos viajantes, devido à fazenda está fechada para visitação. Contato do bar que os viajantes pernoitam no povoado (35) 3327-1040 que é do proprietário da Pousada Carranca.    O fim do trecho é na fazenda de Traituba, erguida em 1827 para receber D. Pedro I. O curioso é que a visita não chegou a acontecer.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 30 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 14 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 14 KM
INC. Média das subidas: 2 %


Traituba / Cruzília

Trecho com estradas largas, em bom estado e com poucos mata-burros. É muito bem sinalizado e a maior parte é feita em estrada municipal, bem conservada e pouco movimentada.   Trecho com pouco aclives e declives, mas com chuva é precisa ter cuidado, pois a quantidade de fazendas na região deixa o solo frágil e barrento.   Aliás, durante o percurso existem algumas fazendas leiteiras. Por isso, é comum encontrar animais na pista. A paisagem predominante é de pastos, grandes e antigas fazendas e árvores imponentes.   O fim do trecho é em Cruzília, cidade erguida numa encruzilhada da Estrada Real, daí a evolução do nome: São Sebastião da Encruzilhada, Encruzilhada e, finalmente, Cruzília. Hoje, é conhecida nacionalmente como a cidade do queijo fino.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 37 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 17 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 17 KM
INC. Média das subidas: 2 %





7º Dia

Cruzília / São Thomé das Letras


Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 25 KM

8º Dia

São Thomé das Letras / Cruzília



Dificuldade Física: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 25 KM

 Cruzília / Caxambu

Trecho com a maior parte de estradas boas e acessíveis, poucos mata-burros e poucas subidas e descidas.   Na parte inicial, há muitas fazendas. Por isso, é comum encontrar animais na pista.   Os primeiros bandeirantes que chegaram à última década do século XVII, nas terras onde se localizam Baependi, teriam chamado o lugar de Maependi, que em tupi significa ?clareira na mata?, em provável referência ao acesso aberto junto ao Rio Grande para facilitar a passagem dos desbravadores.   De Baependi a Caxambu são 6 km de estrada de terra esburacada e toda plana.   O trecho termina em Caxambu, que tem como principal atrativo as fontes de água minerais descobertas em 1814, que tornaram a cidade famosa em todo o país. Por lá, em 1748, foi erguido o templo dedicado a Nossa Senhora dos Remédios. Em torno dele se constituiu a sede da cidade. O Parque das Águas de Caxambu, com doze fontes, é um dos mais completos balneários do país.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 4
DISTÂNCIA TOTAL: 26 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 12 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 14 KM
INC. Média das subidas: 2 %


Caxambu / São Lourenço

A estrada do trecho é boa. Paralela à linha do trem que passa pela região, é pouco movimentada e plana. O caminho é por dentro de fazendas, o que dificulta a passagem em períodos chuvosos, pois o chão fica muito mole e barrento, facilitando o atolamento. Também por essa característica, há muito gado na estrada.   O trecho termina em São Lourenço. Também no Circuito das Águas, a cidade teve a criação da primeira Companhia de Águas Minerais de São Lourenço em 1890. Dois anos depois, inaugurava-se a primeira fonte, a Oriente. Hoje, o Parque das Águas é a maior atração da cidade e recebe visitantes de todo o país em busca das propriedades medicinais de suas águas minerais. 

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 4
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 27 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 12 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 11 KM
INC. Média das subidas: 2 %
 


9º Dia

São Lourenço / Pouso Alto

Trecho de estrada em boas condições para circulação, maior parte em terra e com poucos pedaços em cascalho.   No marco 1140 não passa carro e também não é aconselhável para caminhantes, cicloturistas e cavaleiros, devido ao péssimo estado da ponte. Por isso, continuar na via principal, à direita, e seguir em frente até a primeira entrada à esquerda. Depois, basta seguir até o próximo marco da Estrada Real, que está ao lado de um curral.   A paisagem do trecho é composta por pequenas fazendas e casas, próximas umas das outras e poucas plantações.   O trecho termina na cidade de Pouso Alto, cuja origem é em um arraial de bandeirantes vindos de Taubaté. Eles exploravam a Serra da Mantiqueira em busca de ouro.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 3
DISTÂNCIA TOTAL: 16 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 7 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 6 KM
INC. Média das subidas: 5 %




Pouso Alto / Itamonte

O trecho até São Sebastião é todo feito em asfalto e dentro da cidade.   O trecho entre São Sebastião a Capivari é feito em estrada de terra em bom estado de conservação, somente com alguns buracos. É movimentada e toda plana.   A cidade de Capivari pode servir de ponto de apoio ao viajante.   O trecho termina em Itamonte. O nome da cidade tem origem na mistura do tupi com o português, compondo algo como "pedra do monte". É uma alusão ao pico de pedra, referência geográfica na região desde as primeiras excursões ao interior, ainda no século XVI.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 3
Dificuldade TÉCNICA: Nível 4
DISTÂNCIA TOTAL: 23 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 11 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 9 KM
INC. Média das subidas: 3 %



Itamonte / Itanhandu

Trecho bem sinalizado e em boas condições de circulação, fácil de ser feito. Estrada com poucas subidas e descidas, percorrida em mata fechada em grande parte e com muita sombra.   No km 4,5 avista-se uma bela paisagem de vale e a maravilhosa serra da Mantiqueira ao fundo.   O percurso termina em Itanhandu. Em tupi o nome da cidade significa pedra da corredeira, referência ao Rio Verde que passa pelo município.   A cidade faz parte do Circuito Terras Altas da Mantiqueira. Ela possui formações naturais propícias ao ecoturismo. Seu principal atrativo natural é o próprio Rio Verde, cuja nascente fica no alto da Mantiqueira, com mata virgem em seu entorno.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 2
DISTÂNCIA TOTAL: 10 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 4 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 5 KM
INC. Média das subidas: 4 %






Itanhandu / Passa Quatro

O percurso, de Itanhandu a Passa Quatro, segue paralelamente à rodovia principal que liga as duas cidades. Em grande parte, acompanha também a antiga linha de trem. A paisagem tem como chamativo as inúmeras granjas de grande porte.   O trecho termina em Passa Quatro. O nome da cidade vem do curso d?água tortuoso que os bandeirantes paulistas descobriram na região em suas primeiras expedições, ainda no século XVIII. Como as curvas do rio eram muitas, eles passavam por suas águas quatro vezes durante a viagem.   Passa Quatro está inserida na Serra da Mantiqueira e é uma estância hidromineral.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 2
Dificuldade TÉCNICA: Nível 1
DISTÂNCIA TOTAL: 12 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 4 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 5 KM
INC. Média das subidas: 1 %


10º Dia

Passa Quatro / Vila do Embaú

Os primeiros 12 Km o caminho é percorrido em estrada de terra, com alguns trechos em cascalho, que em geral está em boa condição de uso. Por várias vezes atravessa-se a linha de trem.   Aos sábados, domingos e feriados é possível fazer um passeio de Maria Fumaça de 12 km, entre Passa Quatro e a Estação Cel. Fulgêncio, na divisa com o estado de São Paulo. Trata-se de um percurso histórico inaugurado por D. Pedro II em 1884, palco de batalhas da Revolução Constitucionalista de 1932. Neste local encontra-se o Túnel da Mantiqueira, considerado ponto militar estratégico durante a revolução, por estar na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.   Ao chegar à divisa dos estados, o viajante encontra um mirante dedicado a Nossa Senhora da Conceição, com uma bela vista do Vale do Paraíba.   A partir desse ponto, quem está a pé, a cavalo ou de bicicleta pode seguir por 3,5 km pela trilha da Garganta do Embaú, ponto mais baixo encontrado pelos bandeirantes para transpor a Serra da Mantiqueira. No marco 1226 passa-se ao lado do histórico Túnel da Mantiqueira.   Para os veículos motorizados é necessário seguir pelo asfalto por 6,8 km da rodovia SP-052 até o próximo marco, que está entre a estrada de terra à esquerda e o asfalto.   O final do caminho até a Vila do Embaú mescla trechos de asfalto e de terra.   Caminhantes e cavaleiros precisam ficar atentos no final deste trecho, na Vila do Embaú, distrito de Cachoeira Paulista-SP, pois não há opção de hospedagem. Para os que pretendem seguir viagem a pé ou a cavalo a sugestão é hospedar na Pousada Pedra Branca, que está a 20 km de Passa Quatro e a 10 km da Vila do Embaú.   Atenção: no acesso de terra do marco 1242 há uma ponte caída, portanto os viajantes de carro e a cavalo devem seguir as orientações da planilha. Para quem viaja a pé ou de bike é possível passar, tomando muito cuidado.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 33 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 13 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 16 KM
INC. Média das subidas: 2 %


Vila do Embaú / Guaratinguetá

O trecho é de caminho plano, que mescla trechos de terra e asfalto, em sua maioria sem acostamento. O início é feito em trilha e, devido aos buracos, requer muito cuidado para veículos que não sejam off road. Para os que não querem se arriscar aconselha-se abortar este pequeno trecho e seguir as indicações da planilha.   A Serra da Mantiqueira, que pode ser vista à direita margeando o caminho, vai ficando cada vez mais distante à medida que o viajante avança para o sul, mas ainda mostra sua imponência e beleza na região.   Este trecho atravessa vários bairros da zona rural dos municípios de Cachoeira Paulista e Lorena, mas não passa dentro dessas cidades. Para quem pretende visitá-las o acesso pode ser feito através da SP-058 e da BR-459.   Atenção: no marco 1268 houve a queda de uma ponte. Para carro e cavaleiro seguir as orientações da planilha.   Já na zona rural de Guaratinguetá, a 10 km do centro da cidade, passa-se pelo bairro Colônia do Piagui, que foi fundado no final do século XIX por imigrantes europeus, destacando italianos, espanhóis e austríacos. Nessa pequena colônia há um interessante sistema de canais de irrigação chamado ?polder?, muito utilizado nas plantações de arroz. O local foi o primeiro do Brasil a implantar essa técnica.   Em Guaratinguetá, terra das garças brancas (essa é a origem do nome da cidade, que vem do tupi-guarani), município com mais de 100 mil habitantes, há um rico patrimônio histórico preservado. Exemplo disso é a Catedral de Santo Antônio, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e a casa de Frei Galvão, canonizado pelo papa Bento XVI, tornando-se o primeiro santo brasileiro.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 38 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 17 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 17 KM
INC. Média das subidas: 5 %





11º Dia

Guaratinguetá / Cunha

O trecho mescla asfalto e terra. Tem início em terreno plano, aos 550 m de altitude, com elevação moderada durante os primeiros 10 km. A partir daí iniciam-se fortes subidas, até atingir os 1.100 m de altitude, no marco 1305.   Para os viajantes a pé, a cavalo e de bike é necessário um planejamento antecipado para hospedagem, pois o trecho é longo. Há opções de hospedagem nos marcos 1314 e 1321, conforme orientação da planilha.   Neste trecho a Serra da Mantiqueira fica pra traz e o caminho segue em direção à Serra do Mar.   O município de Cunha é uma estância climática, com clima temperado e seco. A temperatura varia de -3 a 15°C no inverno e de 15 a 25°C no verão. A cidade tem a típica tranquilidade do interior e a sugestão é aproveitar os passeios pelo Parque Estadual da Serra do Mar e uma caminhada até a Pedra da Marcela, a 1.840 m de altitude, de onde se avista o litoral de Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis.   Em Cunha, não deixe de conhecer os vários ateliês de cerâmica. Em algumas datas é possível acompanhar a abertura de fornos, onde as peças são queimadas. Vários ateliês utilizam o forno à lenha Noborigama de alta temperatura, de origem oriental, que produz cerâmica de grande beleza e alta resistência.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 50 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 20 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 26 KM
INC. Média das subidas: 4 %




12º Dia

Cunha / Paraty

O trecho mescla asfalto e terra. Os primeiros 7 km são marcados por pequenas subidas, descidas e trechos planos. A partir daí, as subidas tornam-se mais constantes, até atingir 1.450 m de altitude, na divisa dos municípios.   Ao longo do percurso, passa-se próximo às cachoeiras do Desterro, do Pimenta e do Mato Limpo. A do Pimenta, no km 11,27, tem área de camping, banheiros e lanchonete, aberta aos finais de semana. A queda d?água é acessível em todos os dias. As cachoeiras do Desterro e Mato Limpo não possuem estrutura de apoio ao turista.   Para quem segue viagem a pé, a cavalo e de bike há várias opções de hospedagem até a divisa dos municípios.   Depois da divisa, a descida pela estrada Cunha-Paraty está em péssimas condições. Uma alternativa para quem está de carro é seguir de Cunha para Lagoinha, continuando em São Luís do Paraitinga e até Ubatuba. Até Paraty, são aproximadamente 185 km.   Para quem vai descer a serra, a sugestão é parar próximo ao segundo marco do Km 38 Estrada Real, à esquerda, onde há um pequeno mirante natural e de onde se avista a bela baía de Paraty.   Próximo ao km 41, a sugestão é sair da estrada à esquerda e conhecer a Cachoeira da Pedra Branca. No marco 208, há outro ponto que pode valer uma parada: a Igreja da Penha, onde está instalado um totem da Estrada Real. Este ponto também dá acesso à trilha do Caminho do Ouro. Para percorrê-la, é necessário contratar um guia.   O final do trecho é plano até o centro histórico de Paraty. O último marco da Estrada Real está ao lado do Chafariz do Pedreira. No Brasil colonial, era pela atual rua Presidente Pedreira que os tropeiros e viajantes partiam a caminho das Minas Gerais e chegavam para seguir em direção a Lisboa.   Atenção! A Estrada-Parque Paraty-Cunha RJ 165 está sendo paralisada nos dois sentidos de acordo com a necessidade da obra de asfaltamento. O tempo de paralisação é de até 3 horas por interrupção, podendo ter várias interrupções por dia, tanto no trecho de Cunha quanto no trecho de Paraty. Os objetivos destas paralisações são dar uma melhor produção à obra e, principalmente, manter a segurança do usuário.

INFORMAÇÕES DE TRECHO

Dificuldade Física: Nível 5
Dificuldade TÉCNICA: Nível 5
DISTÂNCIA TOTAL: 57 KM
PRESENÇA DE SOMBRA: NÃO
distância em descida: 32 KM
DISTÂNCIA EM SUBIDA: 21 KM
INC. Média das subidas: 2 %





Um comentário:

  1. ola, boa noite, estou interessado em um roteiro como este, e gostaria de saber sobre a segurança durante o percurso, principalmente na questão de assaltos. vlw!

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